domingo, 21 de agosto de 2011

Lichia


Então... a frutinha do norte, que docinho!
De um gosto exótico, sabor diferente
Crescendo embalada por tal  carinho,
A época da colheita espera impaciente!

E observa enlevada a presença constante
De gentil colono que lhe acaricia a polpa carnuda
Temerosa e emocionada, sonha com o mágico instante
Em que o olhar dele a alcança e desnuda

É certo que nele existe vontade.
Percebe-se  o seu expressivo cuidado,
Fome oculta mesmo que de outras frutas saciado

Se mais bocas por ela  salivam, também é verdade
E vontade maior existirá na manhã em que amadureça
Mas... é bem provável que, no pé, ele deixe que ela apodreça.

maio/2010

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